9.10.07

Geneve, Genebra, Gineva, 2 semanas depois...

Porque normalmente as viagens inesperadas e muito pouco definidas são as que mais surpreendem, pela positiva. resumidamente, genebra para mim é isto (e muito muito mais)...

São as plantas bem conjugadas junto ao lago onde se passeia de bicicleta, a pé, de patins, de skate, de trotineta, ...tudo menos de carro, também quero!



São centenas de recantos como este, onde se podem passar tardes inteiras a ouvir pássaros, de frente para o lago Lèman e a 1 minuto a pé do centro da cidade..
(as montanhas lá atrás são os alpes,uma parte bem baixinha e ainda sem neve mas a 20 min do centro da cidade)


a água é uma constante por toda a cidade, limpa e excelente para dar uns mergulhos sempre que a temperatura permita;o repuxo é gigante e vê-se até a vários km de distância da cidade, mas também se pode ver mais de perto e aproveitar o pôr-do-sol para nos sentarmos quase debaixo dos salpicos nos paredões construídos para esse fim.


(Bâtiment des Forces Motrices)

as iguarias são mais que muitas e vêm com garantia..são sempre deliciosas!!!



As pessoas são muito descontraídas e levam uma vida saudável, com qualidade. Para além de andarem quase todas de bicicleta (inclusivé as senhoras executivas com saltos de agulha e de saia), saem às 6 do trabalho (praticamente todas), vão passear, fazer desporto, divertem-se em jantares e ao fim de semana saem da cidade e vão para as montanhas. À hora de almoço grandes magotes de gente correm para os parques da cidade para fazerem piqueniques e jogar xadrez (existem dezenas de tabuleiros gigantes pintados no chão e qualquer um pode jogar, basta chegar-se à frente), a seguir voltam calmamente ao trabalho, provavelmente ainda a pensarem na jogada que deviam ter feito, talvez por isso são sempre simpáticas e prestáveis.



Como não podia deixar de ser, Geneve tem um centro histórico, só que parece novo..está tudo em bom estado


(Catedral de Saint Pierre)

(Torre da catedral)

(vista da torre)

(vista do centro histórico a partir da torre)

(vista para a periferia)


E tem ainda várias outras coisas que vale a pena ver como:
.o relógio florido, 'símbolo da indústria de relógios genevesa, este relógio encontra-se no limite do Jardim Inglês desde 1955 e constitui uma obra de elevado nível técnico. Tem cerca de 6500 flores e por isso a sua cor varia ao longo das estações do ano. O ponteiro dos segundos é o maior do mundo, mede mais de 2,5m'.

.o monumento ou mausoléu de Brunswick mesmo no meio da cidade




.o gigantesco jacto de água - símbolo de Geneve, de onde saem 500L de água por segundo que vão até aos 140m de altura a uma velocidade de 200Km/h (é muita coisa)

. O muro dos reformadores no "Parc des Bastions", com 5m de altura, onde se inserem as estátuas das quatro principais figuras da Reforma: Guillaume Farel, João Calvino, Thèodore de Bèze e John Knox. Os baixos relevos laterais representam as grandes personagens protestantes dos diferentes países calvinistas. Resumidamente, 100m de muro = 450 anos da história do protestantismo


.o Palácio das Nações - Sede das Nações Unidas

Mesmo em frente temos a "BROKEN CHAIR" para relembrar e homenagear as vítimas das minas anti-pessoais


.Os museus também são uma constante, como o de Ariana a 200m do Palácio das Nações

(Interior do museu com bons sítios para passar umas horas, para além das várias exposições existem ainda espaços para estar, beber um café, ler um livro ou ver as vistas para os jardins)

(Vista numa das janelas do museu)

(Exposição temporária com esculturas todas feitas em vidro)


Assim que saímos do museu Ariana temos em frente o Museu da Cruz Vermelha

Aqui dentro as sensações são estranhas, tem-se um contacto bastante próximo com problemas que estamos habituados a ouvir na televisão ou a ler nos livros ou nos jornais, mas aqui eles assumem outra proporção, apesar de ainda nada serem comparados com a realidade.






E para além de tudo isto Geneve tem uma fusão de culturas extraordinária que resulta numa confusão saudável de línguas e costumes provenientes de mais de 200 nacionalidades, percebe-se porquê, não dá para ir sem ter vontade de por lá ficar...

Ao fim de uns três dias achei que até já tinha visto muita coisa, andado muitos km, a pé e de transportes (que funcionam na perfeição)e decidi entrar no comboio e ir até outra cidade, a única imposição é que teria de estar também à beira do lago Léman(o que não é dificil, é só o maior lago da Europa!). Na estação perguntei às pessoas locais e aconselharam-me uma ida até Lausanne, a capital olímpica. E fui.

(To be continued)