20.5.07

Who's your daddy?


By daddy



Todos temos vontade de resolver os nossos problemas com milagres. Varinhas de condão, estalar de dedos, estrelas cadentes, três desejos e três nós numa fita encarnada em redor de um pulso, consultas ao horóscopo na última página de uma revista ou a um vidente, que em três penadas nos diz que o nosso problema é um mau-olhado qualquer ou resultado de uma conjuntura astral desfavorável. E senão com magia, então com ciência, e lá andamos de farmácia em farmácia, de médico em médico, em busca de substâncias químicas, chás, mezinhas, antidepressivos e ansiolíticos, e o que mais for preciso para ter a impressão de que um comprimido, engolido com um copo de água bem cheio, soldará brechas interiores e nos devolverá a paz que procuramos. Ou a ausência de dor. Queremos piedosamente, acreditar que alguém pode ser o nosso «encarregado de educação», o nosso «mister», o nosso cavaleiro andante capaz de empunhar a espada para fazer justiça em nosso nome (deixando-nos de fora da contenda, de preferência). Mas infelizmente é tudo mentira. Podemos, sim senhor, ser felizes para sempre, ou quase, como contam as histórias, mas apenas arregaçando as mangas, sofrendo o que temos a sofrer e acreditando que isto de construir o sucesso ou a felicidade dá um trabalho do caraças. É triste, mas não há varinhas dessas que trabalhem só por si, embora a varinha mágica trouxesse de facto o sossego a muita cozinheira desesperada com o passe-vite. (...)
Isabel Stilwell in notícias magazine

2 comentários:

Anónimo disse...

agora que já és maior, se calhar pedia-te que fosses o meu encarregado de educação. se te forem parar postais das faltas aí à caixa do correio faz o favor de os mandares direitinho para o lixo ou, melhor ainda, retribui-os ao remetente a dizer "o encarregado de educação cagou para para o que o senhor diz".

a2mar disse...

O que vale é que o teu encarregado de educação nunca deve ter ido às reuniões de pais, mas não faz mal, o meu tb nao (será que era o mesmo????)
Tá bem, podes ficar descansado eu vou no autocarro mais cedo que houver pra espreitar na caixa do correio e se lá estiver algum eu escondo bem escondidinho até pq senão ameaçam-me com leituras públicas do meu diário.